Escrito por admin em Liberdade de Expressão
Autor: Galldino
http://www.youtube.com/watch?v=bgByy_M5PR8
A gente estuda a vida inteira mesmo: pra ser músico o exercício da
técnica tem que ser diário e pra sempre. Não importa a idade.
Na indústria da música que faturou, ao menos em determinado momento
dos anos 1990, mais do que todos os outros ramos da economia norte
americana (excerto o das armas de guerra) o músico, justamente quem
faz acontecer, é o último da cadeia: o que menos ganha, o menos
respeitado e o mais desprestigiado.
Fato triste.
No Brasil é ainda pior: há a injuriosa epidemia da surdez musical -
aqui não se cultua o hábito de ouvir música - as pessoas adoram um som
ao vivo, é verdade, mas só se puderem gritar e beber até cair enquanto
a banda toca - de qualquer jeito e bem alto.
Mas músicos são músicos apenas por adorarem a música. Nasceram pra
tocar e pra ouvir o som organizado no tempo e no espaço. Músicos não
querem ser estrelas, daquelas que entraram no "ramo" pela fama, pela
grana ou por qualquer coisa do tipo. O músico é um carpinteiro do som,
e a meta primeira e última é sempre a mesma: música.
Uma grande fatia dos nossos gênios musicais são praticamente
deportados deste país por não terem condições de sobrevida aqui, no
meio do "povo musical".
Pois é.
Enquanto isso, na farsa da indústria cultural, o mito do "novo" sempre
vem. E vence. A inovação, a ousadia e a experimentação musicais reais,
por outro lado, nascem para morrer logo ali na ignorância da maioria
que pouco se importa por música, mas adora modismos e comodismos frios
ou requentados travestidos de "novidade" de verão.
Tudo bem, nada disso importa: a sina do som é um prêmio em si. Quem
tem essa sina sabe sentir as sensações do que ressoa com dedicação
honesta.
Parabéns a todos os músicos - os que tocam, os que se tocam e os que
tocam os que tocam ouvindo o que se toca:
Hoje é dia do músico.
Ama a vida e segue!
@galldino
PUBLICADO EM: http://oteatromagico.mus.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário