Vou me utilizar aqui de um texto transcrito para evitar utilizar as palavras feias, que mamãe e vovó sempre me disseram que não deviriam ser usadas, que me vêem em mente quando penso em mais essa declaração do nosso "querido" presidente da republica também conhecido por LULA.
Paulo Gustavo Pereira fez um excelente trabalho ao dicertar sobre o assunto e me senti quase na obrigação de transcrever seu texto... já que a revista na qual foi publicado é conhecida por poucos...
ENJOY
Alerta Geral - Por Paulo Gustavo Pereira
E as Meninas, do que são feitas?
NADA PIOR DO QUE APROVEITAR UMA BOA IDEIA PARA TRANSFORMÁ-LA EM MOTIVO DE TEMOR ÀQUELES QUE A OUVEM DE UMA MANEIRA RACIONAL
Sempre fui fascinado pelas variações da sociedade de consumo no futuro, principalmente aquelas descritas em verso e prosa na adorável ficção científica. Assisti muitos filmes de ficção sobre o futuro, naver e monstros espaciais quando ainda estava na tenra idade (termo estranho que dá a impressão que quem o elaborou era um canibal). Adorava ver aquelas ilustrações sobre o futuro, com carros voadores como já vistos na série animada Os Jetsons. Ou no especial de Disneylândia, apresentada por Wernher Von Brown, o pai da ciência de foguetes que ajudou o Homem a chegar à Lua, que mostrava como seria a vida no futuro fora da Terra. E, claro, a primeira sessão de 2001 - Uma odisseia no Espaçocom aquela fascinante roda espacial ao som de música clássica - até então desconhecida em minha mente.
Nem mesmo o viajante do tempo, Marty MacFly sabia o que iria acontecer no futuro, já que ele conseguiu voltar no tempo e arrumar os erros cometidos no passado, como vimos na Trilogia De Volta para o Futuro. O futuro a Deus pertence, diriam os mais devotos; mas a Humanidade tem caminhado a um futuro incerto, afirmariam os mais radicais. Ninguém sabe do futuro, embora já possamos prever que, se não cuidarmos do nosso presente. ninguém vai ter um futuro decente. Os mais levianos diriam que, quando chegar o futuro, eles não estarão mais aqui para serem culpados.
Fico ouvindo notícias no rádio durante um gigantesco confestionamento em São Paulo. O ar condicionado do meu Fiat Palio, que batizei de Alzee por causa do som da placa (ALZ) sofre para tentar deixar o ambiente menos quente, quando ouço o presidente desta nação chamada Brasil dizer, em tom de ameaça, que imagina um futuro onde todos os brasileiros de baixa renda possam ter seu carro e passar o domingo cuidando dele, como quem cuida da própria família. O ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema teve problemas de transporte, já que o Sindicato o ajudava nisso. E, com a vida política, transformou-se em líder de um partido das classes trabalhadoras e, assim, tinha transporte à sua disposição para cuidar da dialética política corporativa. Nem é preciso dizer como pe o carro da presidente da República Federativa do Brasil.
Como sonhar algo tão INÚTIL num país em que se destruíram as ferrovias em prol das estradas de rodagem, em que se obliteraram as poucas linhas férreas de subúrbio, em que colocaram, nas ruas, ônibus articulados em detrimento de transportes mais eficientes como o Metrô. E, para provocar um pouco de inveja e raiva, saibam que o Metrô de Buenos Aires, que fica naquele país que é nosso nêmesis no futebol (Argentina), existe desde o começo do século passado, enquanto nós fizemos o primeiro em São Paulo no último triênio do século 20. E sem contar com outras capitais como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte que um dia sonharam em ser capitais modernas.
Fico imaginando a carta de direitos humanos: todos têm direito a uma vida decente, alimentação, educação, moradia, e um carro na garagem, mesmo que não tenha dinheiro para comprar combustível. Ah, sim, devastam-se áreas inteiras para plantar cana-de-açucar, acabando-se com as culturas de feijão, milho, batata, arroz etc. E tem o Pré-Sal que vai tirar os pobres das ruas, colocando-os dentro de um carro, antes que cheguem a Copa do Mundo e as Olimpíadas... se sobrar algum dinheiro até lá.
Isso tudo me lembra um conto do Luís Fernando Veríssimo que falava do grande congestionamento que parou a cidade de uma determinada maneira, que nenhum carro conseguiu sair do lugar. De tempos em tempos, os donos dos veículos passavam no local para se lembrar de como era divertido dirigir um carro...
Pena que não se pode voltar ao passado como McFly.
Revista Sci-fi News Cinema
Ano 13 Edição 145 ABRIL 2010
Um comentário:
Você pediu minha opinião, ai vai.
Eu concordo, "Pena que não se pode voltar ao passado como McFly", brincadeira.
Eu acho que ele está certo, existem outras coisas que devenos nos preocupar do que um carro na garagem, e isso prova mais uma vez a imbecilidade do povo brasileiro, que após um anúncio desse bate palmas e sonha com o carro proposto.
O povo se acostumou com o congestionamento, parece algo "normal", então por que se preocupar com mais uns pares de carros nas ruas? Não faz sentido, ahuauha.
Gostei da parte da declaração dos direitos humanos também, sou totalmente a favor de eu ter direito de ter o carro na garagem par "cuidar" dele no domingo.
Que lição tirar disso? Isso vai de cada um, espero apenas que aqueles que lerem isso, ao menos, reflitam, concordando ou não, a reflexão e a discussão engrandecem, o fato de ficarmos quietos aceitando o "comum" apenas deixará as coisas como estão, e, aparentemente, isso não é bom.
P.S. Vale uma revisão ortográfica no texto para o autor não pareça que escreve errado, são apenas erros de digitação.
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