segunda-feira, 8 de julho de 2019

Esperança


Me tire a moeda dos olhos e avise aos mais novos que eu não vou partir
Tire o remo do barqueiro, a pá do coveiro, vou ficar aqui
Resisto na voz das crianças naqueles que cantam pro mal sucumbir
Me crio em corações guerreiros que superam o medo e a dor com sorrir

Sou irmã da fé e caridade quem crê de verdade que vamos lutar
Contra qualquer tempestade ou vozes que soam pra nos derrubar
Estarei dentro de olhares em ações salutares, em um banho de mar
Estarei em igreja e bares nas ruas nos lares, nasci pra amparar

Eu sou quem encanta, a ponta da lança a alma que canta, o poder de voar
Eu sou quem levanta, quem já sofreu tantas que não poderia se erguer e lutar
Meu nome é Esperança

TALES MELLO DE POLLI

terça-feira, 2 de julho de 2019

Não Olha Assim pra Mim

Não me afasta do tom da tua pele
Me deixa amansar
Te deixar mais leve
Ainda bem que eu lhe conheço
No carinho adormeço
E me faz relaxar
O meu querer no seu meu ser
Me encaixo, uo uou
E é teu meu ver e seu sentir
Aviso
Não olha assim pra mim, não
Se não vou me apaixonar
Se não vai me adivinhar
Tá fácil ler na cara que eu
Não canso de te procurar
Carinho faz arrepiar
Sozinha tu não vai ficar
Será que cabe eu aí?
Não me afasta de ser muito alegre
Me deixa amansar te deixar mais leve
Ainda bem que é o meu forte
Nem onda sacode vem pra aliviar
O meu querer se preocupará
E tira o pé do chão
Mesmo se o chão desandar
Vai ver que era o que é pra ser
Eu ter em ti lugar pra ser e só de ti gostar
Não olha assim pra mim, não
Se não vou me apaixonar
Se não vai me adivinhar
Tá fácil ler na cara que eu
Não canso de te procurar
Carinho faz arrepiar
Sozinha tu não vai ficar
Será que cabe eu aí?
Entre nós dois o mundo inteiro
Saudade vem na contra mão
Daqui a pouco é fevereiro
Cadê você?
Não olha assim pra mim, não
Se não vou me apaixonar
Se não vai me adivinhar
Tá fácil ler na cara que eu
Não canso de te procurar
Carinho faz arrepiar
Sozinha tu não vai ficar
Será que cabe eu aí?

Outro Eu

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Triste, Louca ou Má



Triste louca ou má
Será qualificada
Ela quem recusar
Seguir receita tal
A receita cultural
Do marido, da família
Cuida, cuida da rotina
Só mesmo rejeita
Bem conhecida receita
Quem não sem dores
Aceita que tudo deve mudar
Que o homem não te define
Sua casa não te define
Sua carne não te define
Você é seu próprio lar
Que o homem não te define
Sua casa não te define
Sua carne não te define
Ela desatinou
Desatou nós
Vai viver só
Eu não me vejo na palavra
Fêmea: Alvo de caça
Conformada vítima
Prefiro queimar o mapa
Traçar de novo a estrada
Ver cores nas cinzas
E a vida reinventar
E o homem não me define
Minha casa não me define
Minha carne não me define
Eu sou meu próprio lar
Ela desatinou
Desatou nós
Vai viver só

Francisco, El Hombre